É estranho saber que o que se é de verdade nunca poderá ser mostrado por inteiro, nem mesmo o que você quer que seja mostrado pode ser mostrado. Nem mesmo às pessoas mais próximas. É estranho...
As pessoas próximas a você que ainda possuem uma conexão um pouco mais forte que a grande maioria não querem saber suas verdades.Elas se negam a olhar suas diferenças e não aceitam quem você é porque dentro delas muito do que você é é errado e motivo de alguma sensação ruim no corpo delas.
Suas conexões familiares já não servem mais, e estão tão próximas a você quanto aquele seu colega de sala mais distante. O qual você nem falava bom dia ou mesmo dizia um "oi".
Tudo fica mais vazio, tudo vai querendo se concretizar em um futuro sólido, obsoleto e pacato, que tenta puxar você para uma limitação brutal de todas as possibilidades que o mundo tem a oferecer quase como um carrapato grudado no seu corpo.
O mundo te quer colocar na rotina, te fincar para dentro de astes de metal inquebráveis e insúlveis à qualquer tentativa de escape, imaginação, criatividade ou conquistas pessoais.
Há muitas armadilhas por aí, eu não quero acabar pisando em uma delas, apesar de saber que alguns destes, que podem ser tidos também como venenos, possuem um bom aspectos e um sabor muito apreciável, logicamente é fato que submetendo-me a eles o meu definhamento eminente é mais do que certo.
Me debatendo para fora de tudo que me é oferecido e que sei que não me trará benefício nenhum, sigo perseguindo sonhos que ainda borbulham em minha imaginação fértil, de ideias e possibilidades de magnitudes mais equiloquentes do que as oferecidas na bandeja dos temíveis e assombrosos garçons da vida.
Quanto tempo de vida ainda me resta para eu ficar aqui escrevendo textos improdutivos que serão lidos por ninguém?
Qual seria a minha posição neste exato momento se eu tivesse me aproveitado de todas as oportunidades sensatas que apareceram na minha frente e que, ou recusei, ou não consegui alcança-las?
Será que eu seria outro se a partir de agora conseguisse alcançar as boas oportunidades que se apresentarem a mim? Eu com certeza gostaria de aproveita-las.E tentarei, mas as dúvidas são muitas e não há ninguém para supri-las, ninguém além de mim e minhas experiências de vidas somadas. Só elas me darão a capacidade de agir de algum modo e caminhar para algum lugar. Para onde?
